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sábado, 26 de maio de 2012

LIMITES NA TELEVISÃO



Que os programas das emissoras de televisão brasileira são de péssima qualidade é indiscutível.

Até mesmo os especialistas da área, gente da própria televisão e ícones da TV brasileira, como Jose Bonifácio, o Boni, já chegaram a esta conclusão.

O Boni já afirmou que o programa BBB, dirigido pelo seu próprio filho, era de total baixo nível.

As novelas são o que de há de pior em termos de qualidade, não de produção, mas de conteúdo. O que se vê é frivolidade, cenas de sexo e mensagens sem nenhum valor moral.

Segundo os autores, ao escreverem os capítulos estão apenas retratando a realidade. Mentira! Eles estão, com suas histórias e personagens, moldando crianças, pensamentos e filosofias de vida.

Um dia desses, esperando por um determinado jogo de futebol que aconteceria às 22 horas pude ver a que ponto os autores estão chegando. Antes das 22 horas já é comum cenas de sexo entre os personagens.

Fiquei pensando em quantos lares aquelas cenas, com todo o clima de sensualidade, estavam chegando. Quantas crianças estavam nas salas e nos quartos com seus olhinhos fixados na telinha acompanhando aquilo tudo?!

Juntando essas cenas, que já são costumeiras, mais os acessos à internet, filmes e revistas pornográficas que são expostas sem nenhum invólucro protetor, o que podemos esperar da futura geração de homens e mulheres?

Num estudo conduzido pela Universidade da Califórnia, crianças e adolescentes que assistem com freqüência a programas com conteúdo erótico são duas vezes mais propensos a precocidade nas relações sexuais do que aqueles que não vêem esse tipo de programas. A idéia que as crianças no futuro irão desenvolver é a seguinte: “se todo mundo está falando e fazendo sexo, eu também preciso fazer”.

Adolescentes de 12 anos expostos a programas com conteúdo erótico-sensual, como o programa Sex and the City e das novelas brasileiras, experimentam o despertar sexual semelhante aos adolescentes de 14 ou 15 anos.

Segundo estudos, qualquer programa que tenha um conteúdo sexual, mesmo que seja uma piada, terá um forte impacto no comportamento sexual adolescente.
Vários estudos demonstram que dois terços dos programas de entretenimento dirigidos a crianças e adolescentes contêm piadas pornográficas ou fazem referências ao sexo.

O que fazer? Este é o grande desafio das famílias, pais e mães que estão interessados na boa formação do caráter e da moralidade dos seus filhos.

Pais e mães devem estar conscientes de que o trabalho neste sentido é cansativo. Muitas vezes, é mais fácil “deixar prá lá”. Dá trabalho ficar com os filhos, assistirem juntos os programas e depois conversar as razões pelas quais não devemos assistir tais programas na família e que a Bíblia ensina sobre o tema. Dá trabalho convencer os filhos irem mais cedo para cama. É chato saber que podemos contrariar nossos filhos com tais posturas. 

Mas não tem outra maneira de preservar os filhos de tais programas danosos à boa formação moral. Pais e mães que desejam proteger os filhos desses programas devem sim impor limites, desligar a televisão depois de um diálogo amigável e esclarecedor das razões de tal decisão. Devem sim saber que esta chateação provocada nos filhos não tem a nada a haver com uma das recomendações de Paulo em que os pais não devem provocar a ira nos seus filhos (Ef 6.4).

Os programas de televisão piorarão, com certeza, mas cabe aos pais estar atentos e desempenhar o papel que lhes cabe na família, especialmente na educação dos filhos.