banner

quarta-feira, 18 de junho de 2014

A importância da família

Como assegurar uma vida familiar tranquila

família na cama 
 
Seja uma vida a dois, a três ou já bastante mais numerosa, a harmonia familiar é o elemento mais importante dentro de uma casa e a diferença entre quatro paredes e um tecto… e um lar. Onde todos ajudam nada custa, desde que estejam sempre abertas as linhas de comunicação: saber falar e saber ouvir.

Respeito. A chave para qualquer relação bem-sucedida, o respeito deve ser o pilar de todas as famílias, onde tem um papel abrangente: respeito pelas ideias e ideais, pelos sentimentos, bens pessoais, espaço, tempo privado …tudo aquilo que faz das pessoas quem elas são. Também não gostaria que alguém passasse a vida a tentar mudar quem você é, pois não? Respeite e exija respeito. Não deixe que as discussões e zangas controlem a sua vida familiar. A vida é muito curta para perdermos tempo com chatices e quezílias. Para além disso, a família é para sempre. Aprenda a viver com ela.

Canal aberto. Comunicação, comunicação, comunicação. Já dissemos comunicação? Juntamente com o respeito, a arte de comunicar é, certamente, uma das chaves de uma vida familiar coesa e apetecível. Todos os elementos da família deverão sentir que podem falar acerca de tudo o que quiserem e precisarem com a sua família… se não puderem, com quem irão desabafar? Procurarão outras pessoas (que podem até ser as menos indicadas) e, pior, pode não fazer a mínima ideia do que se passa no seio da sua própria família. São pequenas coisas que podem ajudar a manter a "emissão no ar": juntarem-se todos à hora de preparar o jantar e conversarem, utilizar as refeições para todos falarem um pouco do seu dia, passar alguns minutos a sós com os seus filhos na hora de se deitarem, não esquecer a sua cara-metade no meio da pequenada, não deixar que ninguém vá para a cama zangado. Nunca.

Para o bom e para o mau. O John Lennon um dia disse que "a vida é o que acontece quando estamos ocupados a fazer outros planos"… e não podia estar mais certo. Um dia vivemos num mar de rosas e no dia seguinte, estão todas murchas e há que mudar a água. Nos dias que correm, estar presente nos momentos mais felizes da vida da sua família já é muito bom, mas estar presente quando tudo isso parece desabar é tão ou mais importante. As coisas nem sempre vão correr como planeadas e a vida estará sempre recheada de surpresas, algumas melhores que outras. Para enfrentar as fases mais difíceis, nada como pensamento positivo, cabeça fria e reuniões de família. A união faz a força, certo?

Ceder para viver. Fazer tudo à sua maneira, sem pedir a opinião de ou informar o seu marido ou mulher, nem sempre será a forma mais correcta de lidar com assuntos familiares. Muitas vezes, até as crianças e os jovens devem e têm de ser ouvidos. Família é mais do que um e, como tal, existem várias vontades, vontades essas que têm de ser atendidas. O egoísmo é inimigo de uma vida familiar tranquila, por isso, ceda sempre que possível, esperando a mesma atitude dos restantes membros da família. Mas lembre-se: poderá ceder durante algum tempo, mas nunca para sempre.

Alegria em casa. Porquê levar as preocupações de mais um dia de trabalho para casa? Vai resolver alguma coisa lá? Era bom, mas a resposta é não. Ou seja, como os problemas profissionais continuarão à sua espera na manhã seguinte, aproveite o (pouco) tempo que está em casa e em família para se distraírem, para verem um filme em conjunto, para resolverem algum problema. Claro que se precisar, a sua família estará lá para ouvir e oferecer conselhos, mas não têm culpa daquilo que se passou fora da esfera familiar, por isso, não descarregue o seu stress no seu esposo(a) e nos miúdos. Já passam tão pouco tempo juntos, porquê estragá-lo?

Todo o tempo do mundo. No século XXI, o tempo é escasso e caro. Em simultâneo tem-se tornado cada vez mais precioso. Precisa de tempo a só, precisa de tempo a só com a sua alma gémea, precisa de passar tempo com os seus filhos e precisa de estar em família. É crucial para a harmonia familiar – afinal qual é o objectivo de ter (ou de formar) família se vai estar cada um para o seu lado? Faça questão de arranjar esse tempo – pode ser um jantar fora, a visita a um parque de diversões ou um fim-de-semana na praia – e marque-o na sua agenda a florescente. Escusado será dizer que é proibido faltar a esses compromissos!  

À mesma mesa. Na era do fast-food e do fast-life, arriscamo-nos a tornar-nos fast-famílias, cruzando-nos nos corredores de casa, na porta a sair ou a entrar, a falar mais por telemóvel do que pessoalmente. Faça um esforço para juntar todos à mesma mesa – torne o pequeno-almoço de sábado e o jantar de quarta-feira sagrados – são tradições como estas que não convém perder, a bem da família.  

Quebra-rotinas, ajudas e outras surpresas. A rotina cansa todos, miúdos e graúdos, por isso, não há nada como planear uma saída familiar a meio da semana, encomendar uma pizza todas as sextas-feiras à noite para celebrar a chegada do fim-de-semana, ajudar os miúdos a preparar o pequeno-almoço na cama para a mãe num domingo. Uma pequena prenda ou surpresa, mesmo que não seja extravagante, pode fazer maravilhas pela saúde da sua família, para não falar na avalanche de beijos, abraços e sorrisos que irá receber! Arrumar as papeladas do seu marido, pendurar o quadro que a sua mulher comprou há meses ou montar uma tenda no quintal para brincar com os seus filhos são gestos inesquecíveis. Tornar a vida mais simples para quem amamos ou reconhecer os seus esforços diários não tem preço.

A família alargada. Não se esqueça da família alargada: mãe, pai, irmãos, irmãs, avós, tios, primos …e multiplique por dois. Marido e mulher juntam muito mais do que os trapinhos na hora do casamento ou união de facto e conjugar três famílias (a sua incluída!) pode ser muito bonito com todos à volta da árvore de Natal, mas assustador quando começam a voar insultos e pratos. Não tome partido, não exclua os familiares de um em detrimento dos do outro, não se envolva demais, nem deixe que eles se colem à sua vida familiar como sombras. Nada nem ninguém deve estar acima das necessidades da sua família: dê à sua família alargada todo o amor e tempo que puder, mas não lhes entregue a sua vida numa bandeja de prata.

Valores que perduram. Os valores aos quais estamos expostos diariamente e que aprendemos em família são aqueles que nos vão fazer companhia ao longo da nossa caminhada pela vida, aqueles que nos vão ajudar a escolher entre o bom e o mau, aqueles que nos vão completar e nos tornar pessoas melhores. Em família, cultive apenas os valores mais preciosos: amor, amizade, civismo, honestidade, perdão, pensamento positivo, aprendizagem constante, moralidade, gratidão, optimismo e fé. E que o exemplo comece por si.